O que estava ruim, pode ficar pior se o investidor não ficar atento ao mercado financeiro. Um exemplo disso é a notícia do GDPNow, o indicador do Banco Central Americano, que sinalizou recentemente uma possível recessão técnica que pode impactar a economia cotidiana brasileira como o aumento dos preços dos combustíveis e da cesta básica.
Para entender melhor esse cenário e como ele atinge os seus investimentos, leia até o final esse artigo e descubra o que você pode fazer para proteger a sua carteira.
Recessão à vista, o que ocorre?
Uma simples visita ao supermercado já mostra os efeitos da Inflação. Se olharmos para os números, nos últimos 12 meses, o IPCA, principal indicador de preços do Brasil, teve alta de 11,89%.
De 2021 até julho de 2022, a taxa básica de juros, conhecida como Selic, saltou de 2% a 13,25% ao ano. Outro exemplo é que quem pretende financiar um imóvel pode ter percebido o aumento no valor para contratar esse tipo de crédito para 40%, em dois anos. Sendo assim, o Custo Efetivo Total (CET) dos financiamentos passou de 7% a 9,8%.
E qual é a causa de tudo isso que está acontecendo na nossa economia? Não é só por aqui que isso ocorre. O cenário econômico dos Estados Unidos vive a maior Inflação dos últimos 40 anos, o que, partindo desse ponto, espera-se uma recessão a nível mundial com economias emergentes sendo fortemente impactadas.
Pensando no investidor, essa ameaça está atrelada a um mercado em queda, principalmente sob os ativos de risco, como as empresas de tecnologia e mercado cripto.
Para se ter uma ideia, as 1.000 mil criptomoedas mais relevantes do mercado tiveram 88% de prejuízo do seu valor em 12 meses. Com isso, só o Bitcoin, que é a principal moeda digital do mundo, já se desvalorizou mais de 70% desde novembro do ano passado.
Já as Big Techs, que são as empresas de tecnologia como Amazon, Apple, Meta, Google e Microsoft também obtiveram perdas significativas. O valor de mercado dessas empresas somado apresenta uma queda de US$2,7 trilhões, de janeiro a maio deste ano.
No Brasil, esse cenário é exemplificado pela Nubank, que perdeu 65% do seu valor de mercado desde dezembro do ano passado.
E existe o lado “bom” da recessão?
Embora a crise financeira mundial pareça o fim do mundo, esse momento também oferece algumas (e boas) oportunidades para aqueles que estão dispostos a agir. Sendo assim, uma saída muito recomendada por especialistas do mercado financeiro é driblar essa crise investindo.
Você pode achar essa estratégia arriscada diante do aumento de preços dos itens básicos e um salário desproporcional à Inflação. Aliás, conseguir um dinheiro para investir pode ser algo que não se passa na cabeça, primeiramente.
Contudo, é possível investir em meio a uma crise econômica, protegendo o seu patrimônio com novas estratégias. Para descobrir isso, contar com uma assessoria de investimentos é uma boa opção.
O que acontece com os investimentos em momentos de recessão?
E o mercado de investimentos, como fica durante uma recessão? Como vimos anteriormente, os impactos são rígidos na economia, o que exige mais cautela diante das incertezas que podem ser maiores nesse período.
Dessa forma, o(a) investidor(a) pode observar os principais efeitos na hora de buscar novos investimentos ou administrar os que já possui na sua carteira. Confira:
- Onda de negatividade – Cuidado com as notícias e indicadores econômicos que contribuem com o clima de pessimismo. Foque nos seus objetivos!
- Volatilidade – Fique atento(a) às oscilações dos preços, que tendem a ficar maiores em recessões. Analise bem cada investimento.
- Preferência pela liquidez – Diante de cenários incertos, é comum preferir investimentos com prazos de resgate menores. Siga as tendências do mercado nesses momentos.
- Aplicações mais seguras – Existem ativos como ouro e dólar que demonstram-se como porto seguros para proteção do seu patrimônio. Em breve falaremos sobre isso.
- Renda Fixa – Caso haja um aumento dos juros, a tendência é aumentar o interesse por aplicações de Renda Fixa. Invista nesses ativos!
- Procura por empresas mais sólidas – Prioridade nas ações de companhias e setores mais sólidos com experiência em outras crises. Invista em ações resilientes.
- Bear Market – As Bolsas de Valores podem enfrentar por muito tempo cotações em baixa, pois os(as) investidores(as) tendem a rejeitar riscos a fim de proteger seu patrimônio.
E já que citamos a proteção do seu patrimônio em alguns itens acima, entenda como fazer isso no próximo tópico.
Como proteger o seu patrimônio em momentos de recessão
Diante desse cenário cheio de oscilações e incertezas, você deve estar se perguntando como proteger o seu patrimônio na prática, não é mesmo?
A primeira regra é simples e primordial: a diversificação. Além da diversificação em produtos de investimentos e classes de ativos, é fundamental diversificar entre diferentes regiões e diferentes moedas.
Ou seja, mude. Faça diferente do que está acostumado(a) e expanda seus horizontes no mercado financeiro. Para isso, confira abaixo uma lista que criamos com algumas opções de investimentos que podem te ajudar a proteger seu patrimônio:
Empresas de qualidade e crescimento alto
Uma alternativa para diversificar a sua carteira é investir em ações de empresas que possuem histórico de crescimento e que são ganhadoras independente do cenário macro no Brasil.
Além disso, as chamadas empresas “price-makers”, que são líderes de mercado e que conseguem lidar com a Inflação em seus preços. Isso porque empresas em setores muito competitivos e que sofrem com a forte alta de custos de matérias primas podem ter dificuldades em repassar a Inflação e obter uma pressão de margem consequentemente.
Ativos Internacionais
Como vimos anteriormente, boas opções de investimentos internacionais estão na lista de proteção do seu patrimônio. As BDRs, ETFs e COEs são algumas das opções para o investidor que busca exposição a ativos internacionais.
Além disso, a Braúna possui os melhores Fundos internacionais do mercado, com cerca de 650 Fundos disponíveis para você investir.
Dólar
Outra forma de proteger o seu patrimônio é manter um percentual da sua carteira investido em moedas fortes, como por exemplo, o Dólar e o Euro. A maioria dos ativos internacionais já estão dolarizados, porém alguns têm hedge cambial e não oferecem exposição cambial.
Contudo, em momentos de crise no Brasil, o dólar costuma se fortalecer diante do real. Por isso a importância de diversificar a carteira com ativos dolarizados e assim, proteger seus retornos nesses momentos.
Renda Fixa
A popularidade da Renda Fixa está em alta no Brasil, não só pelos aumentos de juros de acordo com o Banco Central, mas também pela alta do mercado do CDI.
Com isso, múltiplos Títulos Privados já oferecem taxas bem atrativas ao investidor, isso vale tanto para Pré-Fixados quanto para Títulos atrelados à Inflação.
No caso dos Pré-Fixados, é fundamental saber que podem perder valor quando as taxas de mercado continuam subindo.
Commodities
São boas formas de proteção contra a Inflação, sendo que, em grande parte, podem ser parte da causa do aumento de Inflação que estamos presenciando no mundo.
Embora investir diretamente nas Commodities as vezes não seja tão simples, a Braúna tem soluções para você diversificar sua carteira e proteger seu patrimônio com segurança e bons resultados.
Para isso, basta falar com um dos nossos assessores qualificados para te auxiliar nesses momentos de recessão.
