O que é Swap e como funciona essa estratégia no mercado financeiro?

Uma operação muito conhecida e fundamental no mercado financeiro é o contrato de Swap. Já ouviu falar? Geralmente, esses contratos são utilizados como seguro ou hedge para reduzir riscos e dar mais previsibilidade aos diferentes agentes do mercado.

Para entender melhor os objetivos dessa operação, é preciso saber seu conceito e como isso de fato funciona. Então continue lendo para saber os detalhes.

O que é Swap e para que serve?

Trata-se de uma operação de derivativos que ocorre quando as partes ou dois investidores/empresas realizam uma troca de rentabilidade de ativos financeiros predefinidos (indexadores) como prazos, um valor de referência, entre outras condições.

Como dito anteriormente, essa operação tem como objetivo reduzir riscos e aumentar a previsibilidade para os envolvidos no contrato.

Sendo assim, os indexadores financeiros “trocados” podem estar atrelados a operações ativas e passivas dessas partes. São elas:

  • Operações ativas: são aquelas relacionadas aos direitos de recebíveis atrelados a uma empresa de acordo com o seu balanço patrimonial;
  • Operações passivas: estão relacionadas às obrigações atreladas a uma companhia com base no seu balanço patrimonial.

Um ponto importante nessa troca é que ela é feita de acordo com uma data futura entre os envolvidos. Isto significa que, no vencimento, cada parte deve assumir a variação de um dos indexadores, conforme o combinado.

Essa prática é muito utilizada em taxas de juros, moeda e Commodity. Além disso, a Swap pode acontecer também em transações atreladas a qualquer tipo de indexador financeiro. Sendo eles:

  • IGPM;
  • TJLP;
  • Dólar Comercial;
  • Taxa referencial.

Em suma, swap significa “troca”. Então, ao assinar um contrato swap, os envolvidos na negociação concordam em trocar,entre eles, a rentabilidade de determinados ativos financeiros. 

Com isso, eles também aceitam trocar os riscos de cada investimento e a variação em um determinado período. Para entender melhor os swaps, confira no próximo bloco 4 tipos dessa operação.

Tipos de Swap

Existem diversos tipos de swaps que costumam ser realizados no mercado. De modo geral, eles mudam de acordo com os ativos ou mercadorias envolvidas nos contratos de troca de fluxos. Sendo assim, conheça alguns dos swaps mais conhecidos:

Cambial

O swap cambial é uma das modalidades desse contrato mais conhecida e utilizada no mercado financeiro. Sendo assim, ela faz parte de estratégias de gestão de risco de  diversas companhias.

Desse modo, na modalidade de swap de moedas, uma das partes assume a obrigação de pagar a variação da cotação de uma moeda. Já o lado oposto assume o pagamento da variação de uma taxa de juro pré determinada.

Além disso, o swap cambial também é usado por empresas dependentes da cotação de moedas internacionais, ou melhor, importadoras e exportadoras.

Índices

Nos swaps de índices, o que se prevê no contrato é uma troca de fluxos de caixa associados ao retorno ou desempenho de índices de preços, como IPCA ou IGP-M. 

Assim como, de um índice de ações, como Ibovespa, IBrX-100 ou outros calculados pela B3.Um exemplo desse tipo de swap é o Ibovespa contra a taxa do DI, um dos principais indicadores de retorno de Renda Fixa. 

Nesse caso, as partes trocariam um fluxo de caixa indexado ao retorno do Ibovespa (acrescido de uma taxa de juros) por outro fluxo atrelado à variação do DI.

Taxas de juros

Nos swaps de taxas de juros funcionam da mesma forma como nas outras negociações. Sendo assim, cada uma das partes é responsável por assumir a variação de uma taxa de juro pré-determinada.

No entanto, uma das taxas é prefixada, e a outra variável. Após o término do contrato, cada uma das partes responde pela variação de uma das taxas.

Contudo, o lucro ou prejuízo obtido pelos envolvidos nessa operação está na diferença entre a rentabilidade da transação à vista e a prazo.

Commodities

Esta última modalidade costuma ser usada por empresas importadoras e exportadoras de matérias primas.

O principal tipo de swap de commodities é o realizado com contratos de preço de petróleo. Sendo assim, essa operação é comum, por exemplo, em companhias aéreas, empresas de um setor dependente do preço do óleo.

Neste caso, a troca envolve a variação no preço das commodities. 

Provavelmente, depois de conhecer esses tipos de Swaps, você vai querer saber como funciona essa estratégia, não é mesmo? Então, continue a leitura.

Como funciona a estratégia de Swap

Uma boa forma de entender como um contrato de Swap funciona na prática é olhando para um exemplo.

 

Pensando nisso, mostraremos um exemplo desse tipo de negociação feita para proteger da alta do dólar 

Imagine que a empresa tenha um investimento em Renda Fixa no valor de R$1 milhão e deseja usar esse dinheiro para quitar as dívidas no exterior. Neste caso, ela pode fazer um contrato swap para se proteger da alta do dólar. 

Afinal, quanto maior o valor da moeda norte-americana em relação ao real, maior também fica a dívida da empresa. 

Sendo assim, em um contrato com o Banco Central, a empresa troca a rentabilidade do dólar pela variação do CDI, um indicador bem próximo da taxa de juros Selic. 

Então, na prática ficaria assim:

  • Capital investido – R$1 milhão
  • Prazo – 90 dias
  • Variação do CDI: +1,5%
  • Variação do dólar: +10%

Correção do dinheiro investido

  • Pelo CDI (por meio do BC): R$ 1.015.000
  • Pelo dólar (por meio do BC): R$ 1.100.000

Retorno da operação: R$ 85 mil

Dessa forma, a empresa consegue um lucro de R$85 mil nesta operação, mantendo-se protegida da alta do dólar durante o período de contrato. 

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